terça-feira, 27 de julho de 2010

Ela...

Hoje ela tentou, do jeito dela, ser notada.
Notada pela sua beleza, pela sua grandeza...
E até mesmo pela sua estranheza.

Ela não é modelo,
não é padrão...
Mas tem um bom coração.

Só que não conseguiu...
E, mais uma vez, entristeceu.
Tristeza esta que não se esconde no olhar.

O brilho se apaga...
Ela ainda tenta se erguer...
Lembra de tudo que já viveu,
e o que ainda tem para viver.

Para ela tudo é tão simples...
Sonhar é simples!
Desejar é simples!
Até o seu querer é o mais simples.

Talvez seja essa simplicidade...
Que a anule!

Agora, no silêncio da madrugada,
ela pensa em todo o seu querer...
E sente medo de se perder.

sábado, 24 de julho de 2010

Brilha onde estiver

Saudades que fica...

"Brilha onde estiver
Faz da lágrima o sangue que nos deixa de pé"

(Teatro Mágico - Brilha onde estiver)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Bom, ruim, assim assim

Há dias, um nó no peito... uma saudades tamanha de quem se foi.

Um choro contido, que, às vezes, escapa.

A sensação "do nunca mais" paira no ar...

Tantos sonhos, desejos...

É, a vida nos põem à prova... quando a gente menos espera! Ela não prepara, e se prepara, não entendemos ou se quer percebemos. Quando nos damos conta, já foi. Está aí, em nossas mãos.

Nessas horas conhecemos o desconhecido. O medo, a impotência e, do outro lado, a força tamanha... Um aprender "de repente" de como lidar com a vida e as peças que ela nos prega.

Sigamos em frente... mas qual é o caminho?

Bom, ruim, assim assim

Quer saber de uma coisa? Tudo pode ser bom, ruim e principalmente
assim assim
Tudo ao mesmo tempo ou não, e não necessariamente nessa ordem
Bom é chegar na praia à tardinha, anuncio de por de Sol, a água
de ondas mansinhas
Jogar bola na espuma e sob o céu encaixa como se fora Tafaréu.

É bom também quando começa a chover
E as gotas fazem cócegas na superfície do mar
Como se um cardume infinito prometesse matar a fome
De todo o Vidigal, Rocinha, Cidade de Deus e Vigário Geral.

Ruim é lembrar daquele amigo que de prancha na mão
Morreu de um beijo roubado de um raio, da lembrança a correria,

O medo... o medo... medo é bom, ruim é o medo de ter medo!

Bom voltar trocar chuva por chopp e passar atrás da pelada
A bola vai pra fora e como na crônica de Rubem Braga sobra pra
você
Que mata no peito faz embaixadinha e devolve redondo... num
chute perfeito
Ruim é a fisgada na coxa sair mancando disfarçadamente...
A vergonha de ta decadente não é ruim, ruim é o orgulho que se
nega a reconhecer a decadência.

É bom a cidade estranha em que você nunca esteve e sabe que
nunca mais vai voltar
E nesse lugar você tem uma obrigação sem graça que cumpre com
estilo e precisão
Traçando um dia perfeito no arco do tempo

Quando cai a noite é bom tomar um banho e sob o chuveiro é bom
sentir saudade,
Ruim é não ter saudade, e como é bom sair sem direção pelas ruas
da cidade
Pensando no que você fez da sua vida e no que a vida fez em você

Bom é sonhar, realizar não é tão bom, mas ruim mesmo é não
realizar

O fim de um grande amor é muito, muito ruim, um grande amor não
tem fim!
Bom é amar, ruim é amar... Bom é encarar a vida com fantasia.
Quando um poeta desaparece é bom colocar chapéu de Bogar que
tudo pode solucionar...
Ruim é encontrar o precipício, morrer não deve ser tão ruim
assim...
E pode ser bom falar sobre bom e ruim, e pode ser pior assim
assim ... bom!

(Pedro Bial)